Sem
alarde, o Ministério Público Federal em Pernambuco, através do procurador Luiz
Vicente de Medeiros de Queiroz Neto, abriu um inquérito federal para investigar
possível “descumprimento do piso salarial dos professores da educação básica do
Estado de Pernambuco, pelo Governo Estadual, cujos recursos são oriundos do
FUNDEB”.
O
despacho abrindo o procedimento foi assinado em 9 de setembro. Não foi apenas o
procurador da República em Pernambuco que achou necessária a investigação. Três
subprocuradores gerais da República, sediados em Brasília, opinaram pela
abertura do procedimento, em sessão da 1ª Câmara de Coordenação e Revisão da
Procuradoria Geral da República, um órgão superior do Ministério Público
Federal.
O
FUNDEB é um fundo federal para a manutenção e desenvolvimento da educação
básica.
O
Estado de Pernambuco recebe recursos deste fundo para complementar suas ações
de ensino. Como há repetidas denúncias do sindicato dos professores de que o
piso nacional não é cumprido, o Ministério Público Federal resolveu investigar
se há aplicação ilegal de recursos do FUNDEB.
O
piso nacional é fixado em portaria do Ministério da Educação e ao receber os
recursos, os estados-membros se comprometem a seguir as regulamentações
federais em educação.
A
investigação chega em um momento que o Poder Executivo se recusa a conceder
qualquer aumento às suas categorias de servidores, sob argumento de estar acima
do limite prudencial, previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Apesar
disso, os demais poderes tem sido “generosos” em conceder aumentos às suas
categorias. TJPE, TCE e MPPE concederam aumentos este ano para seus membros e
servidores. O TJPE também já anunciou o percentual de aumento que os juízes
terão ano que vem em 5% (cinco por cento).
Como
estes aumentos dos demais poderes dependem de lei assinada pelo governador,
Paulo Câmara tem “repassado a bola dividida”, deixando passar o prazo
constitucional e permitindo a Guilherme Uchôa, presidente da Assembleia,
assinar os aumentos, denunciou o blog do Jamildo.Já no Executivo, categorias
têm feito seguidos protestos, especialmente professores e policiais civis.
Caso
o Ministério Público Federal entenda haver irregularidades, os responsáveis
podem responder por improbidade administrativa na Justiça Federal. Dentre as
penas previstas na lei por improbidade, está a perda do cargo público. Do blog do Jamildo.
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