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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

A Coluna: O imbróglio do PSB


A sanção da presidente Dilma à nova Lei Eleitoral promete dar novos capítulos a novela do Partido Socialista Brasileiro – PSB, em Arcoverde. Com a redução do prazo legal de filiação para concorrer as eleições de um ano para seis meses, no caso, agora, dois de abril de 2016, a temperatura de quem vai, quem fica e quem vai concorrer na condição de vereador pela legenda socialista na Capital do Sertão promete novas cenas ao longo dos próximos seis meses. Afobada em garantir guarda-chuva e candidatos chamados de “cauda” para os já detentores de mandatos, que tem prioridade como disse o vereador Sargento Siqueira em sessão da câmara, a prefeita de Arcoverde, que passa a presidir a legenda socialista com o ato de filiação nesta sexta (2), tenta desatar o nó no ninho da pomba. Não bastassem os nomes dos vereadores Warley Amaral, Djanira Brito, Sargento Siqueira e Célia Cardoso, que alguns dos três anteriores tentam vetar na legenda socialista, agora surge mais um socialista desde criancinha: o vereador Joel Filho. Com isso, cinco dos nove parlamentares que apoiam a prefeita iriam (Será?) para o PSB. Elevando a temperatura, a vereadora Célia falou na sessão de ontem que tem “gente” com medo dela entrar na legenda e dificultar a eleição, mesmo tendo sido convidada pelo governador. Em resumo, mesmo com seis meses agora de folga para definir o partido com “qual eu vou” o clima entre os vereadores atuais que fazem parte da bancada governista não é dos mais animados. Para completar e aliviar um pouco as tensões, a prefeita vem montando as chamadas “chapinhas” que vão ser coligadas com as que estarão os vereadores de mandato e prioritários, como disse Siqueira. Na lista, cargos comissionados, assessores de imprensa, lideranças comunitárias e vários outros que vão dar um empurrãozinho para ajudar os atuais vereadores a garantirem seus mandatos. Tudo por amor a Arcoverde.

DROPS

DENÚNCIA – Em Tupanatinga, o vereador Neto de Duca que sonha em assumir a cadeira de prefeito em 2016, não larga o pé do prefeito Manoel Tomé (PT) e agora denuncia que a empresa D’ BARROS CONSTRUÇÕES E PROJETOS LTDA – ME, de forma mágica, “vence todas as licitações”. Ele diz que “aos seus olhos existe fraude nessas licitações”, mas não apresenta provas. Diz que vai cobrar fiscalização ao TCE.

MONARQUIA – No auge do debate, na realidade do monólogo de críticas ao ex-prefeito e flores à atual prefeita de Arcoverde, o vereador Joel Filho (PSD), viajou na maionese, como diria na gíria dos antigos estudantes universitários. Disse que “somente como as palavras dos padres Adilson Simões e Airton Freire, a atual prefeita vai voltar, nem saiu ainda, para a prefeitura sem precisar de eleição” (?). Jurava que ia poder votar no ano que vem. Será que Dilma cancelou as eleições na sanção da nova lei eleitoral e mandou implantar a Monarquia em Arcoverde?

DESFAZENDO – Depois de anunciar com pompa e gastar muito dinheiro com rádios e carros de som, além de blogs locais e estaduais, a prefeita de Arcoverde resolveu desdizer o decreto de corte de gastos e promover contratações de pessoal, mesmo após dizer que não faria. Os governistas dizem que elas são essenciais, mas derrubaram pedido de informação do vereador Luciano Pacheco que só queria saber quem eram os felizardos das contratações. É a transparência cada vez mais transparente, e invisível.

VAGAS – No debate sobre o número de vagas na câmara de vereadores de Arcoverde para as eleições de 2016, o vereador e presidente da casa Sargento Siqueira disse que fez projeto elevando de 10 para 13 as cadeiras em disputa. Mas, como “alguns”, não sabe-se quem, já estavam legislando no lugar dos atuais vereadores e anunciando a ampliação das vagas, decidiu-se ficar tudo na mesma. Serão só dez vagas e ponto final.

ALIANÇAS – Enquanto não se define o futuro eleitoral na cidade da Pedra, o atual prefeito, Zeca Vaz (PTB) vem há meses juntando ao seu lado velhos adversários, como Chico Tenório. Por outro lado, o candidato derrotado em 2012, Osório Filho, estaria computando o apoio do ex-vice-prefeito do próprio Zeca, Ivan da Farmácia. A cidade tem por tradição uma eleição disputada com pequenas diferenças para os vitoriosos.

MUDANÇA - Mesmo sendo defensor da administração do Prefeito Sebastião Dias, o vereador petebista Didi de Heleno (PTB), anunciou uma maneira inusitada de Tabira mudar de verdade. Sugeriu em discurso no plenário da Câmara, que “os candidatos a prefeito, viajem seis (6) meses antes da eleição e só voltem meia hora antes da eleição, apenas para votar”. Segundo ele, os candidatos “prometem, não cumprem e decepcionam o povo”. Alguma semelhança com alguma cidade?

RECEPÇÃO – O clima de festa do evento de filiação da prefeita de Arcoverde ao PSB poderá contar com a participação “festiva” dos movimentos dos sem teto, sem terra, sem casas, sem salários (Líber/hospital), sem condições de trabalho (policiais civis) e sem crença nas velhas promessas descumpridas. De forma “solidária”, o grupo dos “SEM”, com S, prepara uma recepção calorosa para o governador que prometeu dar-lhe casas, hospital com médicos, funcionários com salários, etc, etc...


Pergunta do dia: Quantos comissionados e lideranças a prefeita de Arcoverde vai colocar para fazer calda aos candidatos a vereadores de mandato?

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