A
Polícia Federal cumpre desde o início da manhã desta quinta-feira (8) sete
mandados de busca e apreensão como parte da terceira fase da Operação Zelotes,
que desarticulou, em março, um esquema compra de sentenças no Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Cinco mandados estão sendo cumpridos
em escritórios de advocacia no Distrito Federal e dois no Rio de Janeiro.
A
nova fase da operação, de acordo com a PF, foi desencadeada após a análise do
material apreendido na primeira fase da Zelotes, em 26 de março. “Nos
documentos apreendidos à época foram identificados novos indícios que apontam
para a participação de outro conselheiro, além de escritórios de advocacia
ligados a ele”, informa a nota da Polícia Federal.
Os
envolvidos no esquema responderão pelos crimes de advocacia administrativa
fazendária, tráfico de influência, corrupção passiva, corrupção ativa,
associação criminosa, organização criminosa e lavagem de dinheiro. O
Carf, órgão ligado ao Ministério da Fazenda, é a última instância
administrativa de recursos relativos a processos abertos pela Receita Federal.
Desde
março, a Polícia Federal, por meio da Operação Zelotes, apura esquema criminoso
em que conselheiros e ex-conselheiros do Carf passavam informações
privilegiadas para escritórios de consultoria. Esses escritórios, muitos dos
quais tinham os próprios conselheiros como acionistas, procuravam empresas
multadas pela Receita Federal e, mediante pagamento de propina, prometiam
manipular o andamento de processos para anular ou reduzir as multas aplicadas.
A investigação já comprovou prejuízos de R$ 6 bilhões aos cofres públicos, mas
a suspeita é de que a fraude possa ultrapassar R$ 19 bilhões.
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