A
presidente Dilma Rousseff anunciou seis medidas que fazem parte da reforma
administrativa do governo: a redução de oito ministérios, um corte de 10% nos
salários dos ministros, a extinção de 30 secretarias em todos os ministérios, o
fim de 3 mil cargos de confiança e a redução de 20% nos gastos em custeio.
Também
serão limitados os gastos dos funcionários com viagens e telefone e vendidos
imóveis da união porque, segundo a presidente, "a União não pode continuar
sendo uma grande imobiliária". A presidente também criou uma comissão
permanente da reforma administrativa. As mudanças, disse, são para dar mais
eficiência ao Estado e contribuir para que o país saia da crise o mais
rapidamente possível.
—
Vamos dar hoje um primeiro e grande passo para reorganização da administração
pública — disse a presidente em uma declaração à imprensa no Palácio do
Planalto.
Nas
mudanças, Dilma tirou Aloizio Mercadante (PT) da Casa Civil e o colocou no
Ministério da Educação, demitindo Renato Janine. Para a Casa Civil vai o então
ministro da Defesa Jaques Wagner (PT). E para a Defesa vai Aldo Rebelo (PC do
B), que era o ministro da Ciência e Tecnologia (MCT). Para o lugar de Aldo no
MCT, Dilma nomeia Celso Pansera (PMDB).
A
presidente fundiu a Secretaria Geral com a Secretaria de Relações
Institucionais, o Gabinete de Segurança e a Secretaria de Micro e Pequena
Empresa, criando a Secretaria de Governo, que será comandada por Ricardo
Berzoini (PT), que era ministro das Comunicações. Para as Comunicações vai o
atual líder do PDT na Câmara, André Figueiredo.
Ministérios
do Trabalho e da Previdência também foram fundidos e será assumido por Miguel
Rossetto (PT), que era da Secretaria Geral. As Secretarias de Políticas para as
Mulheres, dos Direitos Humanos e da Igualdade Racial viraram o Ministério das
Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, cuja titular será a ministra
Nilma Lino Gomes, que até ontem era a ministra da Secretaria de Política para
as Mulheres.
O
Ministério da Pesca será incorporado pelo Ministério da Agricultura, que segue
sob o comando de Kátia Abreu (PMDB). Já o então ministro da Pesca, Hélder
Barbalho (PMDB), vai para a Secretaria de Portos no lugar de Edinho Araújo
(PMDB).
Dilma
explicou que a troca de nomes na Esplanda dos Ministérios está sendo feita para
dar estabilidade política ao governo no Congresso, reorganizando a composição
dos partidos que compõem a coalizão partidária que a elegeu. A presidente
reforçou que esse movimento é democrático e está sendo feito às claras. Ela
agradeceu o trabalho feito por todos os ministros que foram demitidos.
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