A semana
terminou em Arcoverde com as verdadeiras facetas do atual governo municipal
sendo postas às claras. Depois de festejar a inauguração da pracinha da
rodoviária com protestos de sem teto, empurra-empurra no pessoal da imprensa, a
nobre chefe do executivo fez chegar a casa dos arcoverdenses o IPTU 2015. Pra tristeza
e lamento geral, em tempo de vacas magras, crise e desemprego, o imposto chegou
com um aumento de quase 200%. Com essa até o macaco Simão vai pular de galho. Nas
rodas da net dizem que é pra garantir os artistas do São João e as pracinhas da
cidade.
Independente
da finalidade e do destino dos recursos do IPTU, algo que ninguém sabe pra onde
vai, a exemplo dos recursos do IPVA que somente em 2014 foram transferidos ao
município a módica quantia de R$ 2.382.323,82, o que não pode é aumentar
imposto sem lei. O Simão caiu nos livros da jurisprudência e num é que encontrou
lá no art. 150, I da Constituição da República Federativa do Brasil e no art.
9º do Código Tributário Nacional que qualquer tipo de atualização que venha
acarretar aumento no valor final do tributo, o que consequentemente ocorre com
tal “atualização”, pra não dizer aumento, deve ser precedida de lei. Diz ainda
que É necessário também que tal aumento venha vincular-se ao princípio da
anualidade, ou seja, a lei deve ter sido aprovada antes da vigência do novo
exercício financeiro (1º de janeiro). Caso contrário, tal dispositivo é
inconstitucional.
Ainda
de acordo com jurisprudência do STJ, o aumento da base de cálculo depende da
elaboração de lei. O entendimento está consolidado na Súmula 160: “É defeso
[proibido] ao município atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior
ao índice oficial de correção monetária.” Essa também é a posição do Supremo
Tribunal Federal. Será que isso vale aqui? Com a palavra o vereador
Luciano Pacheco, advogado de profissão e calo da administração.
Pra
terminar, não podemos deixar de falar das fitas que marcaram a semana que
terminou ontem. A Globo já está preparando o quadro “Mágica M” depois
da surpreendente atuação do farmacêutico da farmácia oficial, lá da secretaria
da saúde, que fez surgir em 30 minutos um monte de fitas de medição para
diabéticos, depois da educada e humanizada atendente dizer que não tinha e nem
sabia quando vinha. Pra fechar, o farmacêutico é mais um parente do governo. Coisas de nepotismo, besteira. Finalizando
fica a imagem da semana, graças a performance da líder do movimento do sem
teto, Silvanete Pereira.
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