O
Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco denunciou 39 pessoas envolvidas
em um esquema de concessão fraudulenta de benefícios previdenciários. Entre os
participantes do grupo, estavam uma servidora do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) e um médico. A prática criminosa causou um prejuízo de mais de R$
3 milhões aos cofres públicos. O caso foi investigado pela Polícia Federal (PF)
através da Operação Aquários, deflagrada em 2009.
O
esquema consistia na aquisição de certidões de nascimento e casamento falsas,
utilizadas para a obtenção de carteiras de identidade e CPFs também falsos. Os
documentos eram apresentados ao INSS para se conseguir a concessão fraudulenta
de benefícios. Os denunciados aliciavam pessoas doentes, inclusive crianças,
para comparecerem à perícia usando a documentação falsa. O grupo também
arregimentava idosos. Após a concessão dos benefícios, os saques eram
realizados com os documentos produzidos pelos denunciados.
A
principal área de atuação da quadrilha era Olinda, na Região Metropolitana do
Recife. Na agência do INSS situado no município, uma servidora ficava
responsável por inserir os dados falsos nos sistemas. O grupo contava também
com a atuação de um médico, que vendia atestados que declaravam, falsamente, a
existência de doença ou deficiência para o requerimento de benefício por
incapacidade.
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