No momento em que o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já vê
como certa a possibilidade de ser denunciado pelo Ministério Público Federal
(MPF), o que aumentaria as chances de se tornar réu na Operação Lava Jato, nos
bastidores da Casa as discussões giram em torno do “pós-Cunha”.
Alguns
parlamentares, em reserva, já dão como inevitável o possível fastamento do
parlamentar diante das denúncias pelo suposto recebimento de propina, delatado
pelo lobista Júlio Camargo. Diante disso, pelo menos três nomes vêm ganhando
força para substituir o peemedebista no comando do legislativo: o deputado
Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Miro Teixeira (sem partido-RJ) e Osmar Terra
(PMDB-RS).
Pela
boa circulação que tem na bancada de oposição, o nome do deputado pernambucano
é o mais forte, na avaliação de parlamentares da bancada nordestina. “É o que
melhor tem trânsito na oposição. Ele está recebendo convites para participar de
reuniões para discutir a possibilidade de assumir a Câmara”, revelou, em
reserva, um membro da oposição ao Governo Dilma na Câmara. Crítico ferrenho do
Planalto na sua passagem pelo Senado, Vasconcelos tem adotado um tom mais ameno
nessa legislatura, chegando inclusive a defender a governabilidade da
presidente. A elevação do peemedebista nas hostes governistas poderia acalmar
os ânimos entre o Legislativo e Executivo.
De
acordo com outra fonte, também em reserva, na Câmara dos deputados já é dado
como certo que nesta semana ou na próxima, o procurador geral da República,
Rodrigo Janot, deverá “desembrulhar” o nome de Cunha, denunciando por
recebimento de propina ao MPF. “Se o MPF denunciar ao STF e o Supremo aceitar,
ele virá réu, e como réu ele perde condições de comandar a Câmara”, considerou.
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