Tráfico
de drogas. Essa é a causa apontada pelas polícias Militar e Civil para o
aumento da criminalidade no Agreste. De janeiro a julho deste ano os Crimes
Violentos contra o Patrimônio (CVP), que são roubos a transeuntes, veículos,
bancos, residências e comércios, registraram alta de 35% - foram 4.087 contra
5.544 no mesmo período de 2014.
Já
o número de homicídios na região cresceu 21% em relação ao mesmo período do ano
passado – passou de 406 para 494. Os dados são da Folha de Pernambuco que
esteve nos municípios de Gravatá e Bezerros, ouviu relatos da população, de
comandantes de batalhões da PM e delegados das duas cidades.
Em
Gravatá, a 79 quilômetros da Capital, os moradores denunciam que o tráfico toma
conta das comunidades periféricas. E lá, a população ainda fica receosa em
falar sobre a presença de traficantes vindos de várias regiões do Estado e do
Recife, principalmente nos pontos de comércio de entorpecentes concentrados em
bairros periféricos como Caique, Bairro Novo e Área Verde.
Os
relatos dos moradores são confirmados pela polícia. Segundo a 3ª Companhia de Polícia
Militar (CPM), responsável pela segurança em Bezerros, cidade com pouco mais de
58 mil habitantes, de 1º de janeiro a 30 de julho, foram registradas 317
ocorrências de roubos no município, sendo 161 delas assaltos a transeuntes. O
comandante da 3ª CPM, capitão Josivaldo Bezerra, afirma que a maior parte dos
assaltos no município é ligada ao tráfico de drogas. A cidade tem um efetivo de
45 PMs disponíveis em três guarnições e um trio de patrulhamento motorizado.
Delegado
titular de Bezerros, Antônio Dutra também apontou o tráfico como a causa para o
aumento da criminalidade. “A maioria dos assassinatos tem relação com
atividades relacionadas ao tráfico. Muitos ocorrem em pontos de forte comércio
como os bairros de Cohab, Asa Branca, Gameleira e Santo Amaro II”, afirmou o
delegado.
Em
Gravatá, o delegado titular atesta que 89% dos 24 homicídios ocorridos neste
ano estão relacionados ao tráfico de drogas. Comandante da 5ª Companhia
Independente de Polícia Militar (CIPM), que coordena o policiamento em Gravatá,
o major Silvestre Dantas estabeleceu uma meta de 12% na redução de homicídios
até dezembro. Ele comanda um efetivo de 108 PMs e cinco guarnições. Da Folhape.
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