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Justiça recebeu do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), na quinta-feira
(10), um pedido de dissolução de nove grupos empresariais do setor
metroferroviário, por suporta formação de cartel em contratos de manutenção de
88 trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), entre os anos de
2007 e 2012, nos governos de José Serra e Geraldo Alckmin, ambos do PSDB de São
Paulo.
Os
promotores pedem que as empresas multinacionais Siemens, Alston, CAF do Brasil
e Bombardier restituam cerca de R$ 1 bilhão aos cofres públicos. Do montante,
R$ 706,53 milhões são para reparação de dano material e R$ 211,9 milhões por
danos morais difusos causados ao Tesouro. A promotoria pede também a nulidade
dos três processos de licitação supostamente cartelizados.
Outras
empresas citadas são a Tejofra de Saneamento e Serviços, MPE Montagens e
Projetos Especiais, Temoinsa do Brasil, MGE Manutenção de Motores e Geradores e
Trans Sistemas de Transportes.
Para
o deputado estadual Ênio Tatto (PT), o requerimento do MP é o reconhecimento do
que o PT de São Paulo denuncia há anos. De acordo com ele, os
deputados estaduais protocolaram denúncias no órgão e fizeram requerimento para
a instalação de CPI na Assembleia Legislativa.